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Não é difícil observar que cada geração possui um comportamento financeiro completamente diferente das outras.

 

Afinal, cada uma nasceu em épocas com contextos e situações econômicas completamente distintas. Cenários diferentes com criações opostas, resultam em comportamentos diferentes.

 

Antes, o boleto, cheque e o dinheiro vivo eram os grandes protagonistas dos meios de pagamento. Hoje, muitas pessoas mais velhas estranham e, até mesmo possuem dificuldade em ver que isso já não ocorre mais.

 

O conflito entre gerações sobre diversos aspectos é claro. Enquanto os baby boomers foram criados com o uso do dinheiro físico, a geração Z já nasceu em um meio completamente digital.

 

Para eles, as transações instantâneas fazem parte de sua realidade desde cedo, deixando para trás métodos que já foram os predominantes em nossa sociedade. Com tanta diferença entre os comportamentos financeiros, resta às instituições se adaptarem, fornecendo uma ampla variedade que sirva a todos os públicos.

 

Neste texto, explicaremos a fundo de que forma cada geração lida com questões financeiras e suas preferências. Em conjunto, abordaremos os principais impactos causados pela pandemia e, dicas importantes para manter um bom comportamento financeiro.

 

Veja os tópicos que serão abordados:

 

  • Comportamento financeiro da Geração Z
  • Comportamento financeiro da Geração Y (Millennials)
  • Comportamento financeiro da Geração X
  • Quais os impactos da pandemia no comportamento financeiro?
  • Como ter um melhor comportamento financeiro?

 

Vamos começar.

 

Comportamento financeiro da geração Z

A geração Z abrange as pessoas que nasceram entre 1990 e 2010. São os que mais se envolveram com o mundo digital, uma vez que nasceram já imersos nessas tecnologias.

 

Os dispositivos sociais e aparelhos eletrônicos fizeram parte de seu dia a dia desde cedo, o que consequentemente, influenciou diretamente seu modo de agir.

 

Segundo um estudo feito pela McKinsey, a geração Z é altamente participativa em causas que consideram relevantes. Não se moldam a um único estereótipo e formatam sua personalidade ao longo do tempo.

 

Acreditam fortemente no poder do diálogo, abertos a diferentes opiniões. Por fim, são bem realistas, pragmáticos e analistas na tomada de decisões. Sendo este último fortemente influenciado graças à enorme quantidade de informações com as quais entram em contato diariamente pela internet.

 

Todas essas características influenciam diretamente seu comportamento financeiro.

 

Como eles lidam com o dinheiro?

Em comparação com as outras gerações, os zillennials são bem menos idealistas. Isso ocorreu devido ao contexto no qual foram criados, marcado por uma forte crise econômica e elevadas taxas de desemprego no país.

 

Por isso, de forma geral, eles possuem uma maior tendência a se endividar do que em guardar dinheiro. São muito imediatistas, assim como comprova a pesquisa Businez Plan, feita pelo Grupo Consumoteca, em 2020.

 

De acordo com os dados divulgados, 71% apontaram o desejo por uma casa própria, 60% um carro e 47% querem viajar todo ano. Outra pesquisa feita pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) em parceria com o Datafolha, também vai ao encontro dessa tendência.

 

O estudo mostrou que, além de terem pouco conhecimento sobre investimentos financeiros, a geração Z é a que menos usa produtos financeiros. Dentre seus entrevistados, 58,3% não guardam dinheiro de nenhuma forma e, 7,6% não aplicam recursos. Seja poupança, fundos de investimento ou ações.

 

Comportamento financeiro da geração Y (Millennials)

A geração Y compreende todos que nasceram entre 1980 e 1990. Também conhecidos como Millennials, foram os primeiros a cresceram em contato com os avanços tecnológicos, mas não de forma tão imersiva quanto os zillennials.

 

Por isso, assim como a geração Z, também se apropriaram da tecnologia para diversos serviços e atividades de seu dia a dia. Principalmente, no âmbito econômico e em seu comportamento financeiro.

 

Os millennials são pessoas multitarefas. Conseguem lidar muito bem com diversos estímulos ao mesmo tempo – o que é uma forte vantagem no âmbito profissional. Acreditam fortemente no poder da influência e liderança, assim como na valorização do feedback no ambiente de trabalho.

 

Como eles lidam com o dinheiro?

Um estudo feito pelo Bank of America, trouxe pontos importantes sobre o comportamento financeiro da Geração Y.

 

Os millennials prezam muito pela economia financeira. São economicamente mais conscientes, economizando uma maior quantia sempre que possível e desde cedo.

 

À medida que vão envelhecendo, a preocupação em ter um melhor gerenciamento das finanças aumenta. O comportamento financeiro dos millennials é bastante organizado e aliado aos recursos tecnológicos.

 

Segundo a pesquisa, eles são a geração mais provável de usar canais on-line (92%) e móveis (79%) para bancos. A praticidade é um forte pilar em seu comportamento financeiro. O estudo ainda identificou que 64% dos millennials possuem, pelo menos, um aplicativo bancário em seus dispositivos.

 

Eles valorizam essa maior abertura a alternativas bancárias, com excelentes oportunidades para fintechs, que procuram inovar em serviços financeiros. Neste cenário, as fintechs estão facilitando a mudança, criando novas opções de pagamento para dispositivos móveis.

 

Comportamento financeiro da geração X

A geração X, por sua vez, trata das pessoas que nasceram entre 1960 e 1980.

 

Eles foram criados em um contexto político e econômico altamente turbulento. Por isso, não costumam ousar no âmbito profissional, preferindo algo seguro e estável que lhes garantam uma certa proteção.

 

Seu perfil é um pouco mais conservador. São conhecidos por serem autossuficientes, priorizando um trabalho mais flexível e que incentive a criatividade. Não se encantam somente por dinheiro ou status, mas buscam através do trabalho a realização dos desejos materiais e pessoais.

 

Como eles lidam com o dinheiro?

O comportamento financeiro da geração X também é voltado para uma maior segurança. Tanto é que, ainda segundo a pesquisa feita pela Anbima, 48% disseram que não possuem qualquer tipo de conhecimento sobre investimentos. A maior quantidade dentre todas as gerações.

 

Não é um dado surpreendente. Afinal, o leque de investimentos acompanha as tendências tecnológicas que são mais adeptas pelos zillennials. Deste lado, a geração X ainda é mais tradicional, sendo a que mais deixa recursos na caderneta de poupança (32,5% dos entrevistados).

 

A estabilidade é a grande guia do comportamento financeiro dessa geração. Então, recursos ou ferramentas tecnológicas não são tão buscadas.

 

Quais os impactos da pandemia no comportamento financeiro?

A pandemia afetou o bolso de todos, não há dúvidas. O que mudou foi a forma com que cada geração começou a gerenciar seu comportamento financeiro frente aos desafios impostos.

 

Por mais que cada pessoa tenha seus próprios hábitos e costumes, o fato de ter nascido em uma determinada época pode influenciar drasticamente nessas escolhas. No âmbito financeiro, isso ficou ainda mais claro dentre cada um dos grupos.

 

Segundo a pesquisa Me, My Life My Wallet, feita pela KPMG, a geração Z foi a que mais alterou seu comportamento financeiro durante a pandemia. Ao invés de gastarem, começaram a dar prioridade a gastos realmente úteis e sem tanta ostentação.

 

As compras no e-commerce foram controladas. O futuro e as reservas financeiras ganharam maior espaço em seu planejamento, especialmente diante de um cenário que foi imprevisível para todos.

 

Fora gerações, essa mudança impactou as mais diferentes classes. Um levantamento feito pelo C6 Bank mostrou que 89% das pessoas das classes A, B e C com acesso à internet, mudaram os hábitos financeiros desde que a crise começou.

 

Dentre os entrevistados, 51% afirmam terem diminuído gastos e, 27% passaram a guardar mais recursos para possíveis incertezas no futuro. Não houve escapatória e todos tiveram que adaptar seu novo comportamento financeiro neste cenário conturbado.

 

Como ter um melhor comportamento financeiro?

O momento atual exige uma atenção redobrada em nosso comportamento financeiro. Ter uma gestão econômica é essencial para evitar perdas e gastos além do ideal. Caso contrário, o cenário pode ser devastador.

 

Segundo dados divulgados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o percentual de famílias com dívidas, em atraso ou não, chegou a 66,6% em abril de 2020. O patamar foi o maior registrado no levantamento iniciado em janeiro de 2010.

 

Em entrevista ao IG, o economista e professor da Universidade de Brasília (UnB) Newton Marques, afirma que a prioridade é elencar os gastos, saber o que é essencial e, elaborar um novo planejamento do orçamento.

 

Não existe uma fórmula mágica para lidar com essas incertezas, mas um bom planejamento pode ser extremamente útil neste comportamento financeiro. Saber identificar o que é de fato importante e o que pode ser deixado de lado para este momento.

 

Dessa forma, por mais duvidoso que seja, todas as gerações conseguirão reduzir os custos possíveis e economizar o máximo que puderem. Com um fluxo organizado, as chances de se endividarem são reduzidas.

 

Conclusão

Cada geração possui um comportamento financeiro completamente diferente. Afinal, a criação e influência econômica de suas épocas impacta diretamente na forma na qual irão gerenciar seu dinheiro.

 

Identificar essas diferenças é extremamente benéfico para as organizações, que entenderão suas preferências e conseguirão fornecer os melhores meios e possibilidades de pagamento de acordo com cada perfil.

 

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