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Com o advento da LGPD e as multas para as empresas que não se adequarem, a cibersegurança se tornou uma das principais prioridades de investimento no mundo corporativo.

 

Toda organização possui informações sigilosas que, se foram vazadas, podem prejudicar o seu negócio. Especialmente as de grande porte, que adquirem um volume ainda maior de dados.

 

Para que consigam armazená-las e tratá-las de forma adequada, é necessário o uso de ferramentas e sistemas eficientes que as protejam contra ataques e possíveis falhas. Especialmente, diante de um aumento dos crimes cibernéticos nos últimos anos.

 

Em 2020, por exemplo, o CEACrim (Coordenadoria de Estatística e Análise Criminal) registrou um aumento de 265% nos crimes praticados no ambiente digital, em comparação com o ano anterior.

 

Esse dado é reflexo direto da pandemia, com o aumento do uso da internet e migração das empresas para o ambiente digital.

 

Neste cenário, a cibersegurança se torna indispensável para evitar tais invasões, garantindo que os dados somente sejam acessados pelas pessoas responsáveis. Não por acaso, a demanda por profissionais especializados nessa área também aumentou no mercado de trabalho.

 

Hoje, temos à disposição uma série de ferramentas e sistemas voltados para essa proteção. Neste texto, abordaremos as principais que podem ser utilizadas no seu negócio, sua importância e como utilizá-las de forma eficaz.

 

Antes, confira os tópicos que serão abordados:

 

  • O que é cibersegurança?
  • Como funciona a cibersegurança no Brasil?
  • Qual a importância da cibersegurança?
  • Tipos de ataques virtuais;
  • Como utilizar a cibersegurança para proteger a sua empresa?

 

Vamos começar.

 

O que é cibersegurança?

A cibersegurança (Cybersecurity) é o conjunto de métodos e procedimentos utilizados a fim de garantir a segurança digital de uma empresa.

 

Por meio das melhores ferramentas tecnológicas, essa prática protege os equipamentos e sistemas organizacionais contra invasões e danos que possam comprometê-la.

 

O termo é muito confundido com outra prática recorrente no mundo corporativo, a segurança das informações. Por mais que ambas sejam essenciais, existe uma diferença crucial entre eles.

 

A segurança da informação é entendida como algo abrangente no que diz respeito à proteção dos ativos da empresa, em suas diferentes formas. Levando em consideração desde os existentes em meios físicos, digitais, dentre outros.

 

Dentro desse cenário, é onde se encontra a cibersegurança. Simplificando, ela é uma das estratégias adotadas como forma de reduzir ou impedir ataques nos arquivos armazenados pela companhia. Uma parte do todo.

 

Quais as responsabilidades do especialista em cibersegurança?

Para garantir essa segurança, as principais responsabilidades que um especialista em cibersegurança deve ter envolvem o monitoramento constante dos sistemas utilizados. Assim, terá certeza de que estejam atualizados e funcionando adequadamente.

 

Em conjunto com a realização de testes contínuos de identificação de vulnerabilidades, também podemos destacar outras responsabilidades rotineiras desse profissional. São elas:

 

  • Implementação, gestão e atualização de medidas de segurança para a proteção dos dados;
  • Avaliação dos requisitos de segurança da organização, voltadas sempre para as melhores práticas;
  • Resolução ágil dos problemas de rede identificados;
  • Incentivo à cultura organizacional para gestão e proteção de dados.

 

São tarefas complexas que, diante de tamanha necessidade e demanda nos últimos anos, vem causando tremenda sobrecarga nesses profissionais.

 

Em uma pesquisa conduzida pela Trend Micro, foi constatado um alto desgaste mental em quem atua nessa área devido ao crescimento dos ciberataques. Dentre os entrevistados, 70% afirmaram estarem afetados emocionalmente no trabalho em razão do gerenciamento de ameaças.

 

Como funciona a lei de cibersegurança no Brasil?

No Brasil, existem diversas leis que tratam dos princípios da cibersegurança. Dentre elas, estão a Lei 12.965/2014,  e o decreto nº 10.222/2020, que aprovou a Estratégia Nacional de Segurança Cibernética do Brasil.

 

Além deles, está a vigência da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) desde 2018, cuja aplicação de multas começou a valer a partir deste ano. Sua principal finalidade é, de fato, garantir a privacidade e segurança dos dados, por meio de um tratamento ideal.

 

Mesmo com diversas leis criadas para garantir a cibersegurança, o país sofre de uma falta de profissionais qualificados para essa tarefa. A demanda é grande mas, infelizmente, falta pessoal preparado para desempenhar tal missão.

 

Tal desequilíbrio foi constatado em dados divulgados pela organização internacional de cibersegurança. Em um levantamento realizado em 2020, o Brasil ainda não dispunha da metade da força de trabalho necessária para esse cargo.

 

Informações que, infelizmente, contrastam com a enorme quantidade de vagas ofertadas.

 

Em um estudo divulgado pela Brasscom, deverão ser geradas mais de 350 mil oportunidades de trabalho na área de tecnologia da informação até 2024. Dentre elas, mais de 37 mil serão destinadas exclusivamente à Segurança da Informação.

 

Qual a importância da cibersegurança?

O investimento na cibersegurança vai muito além do que seguir determinações legais. A medida é extremamente importante para garantir a integridade dos dados da empresa, evitando que sejam vazados, indevidamente tratados e, ainda, causem danos irreversíveis à organização.

 

O Brasil é um dos países mais conectados do mundo. Segundo informações do Global Digital Report em 2019, cerca de 149 milhões de brasileiros possuem acesso à internet.

 

Dentre eles, 85% navegam na web diariamente. Números incríveis, se levarmos em consideração a tremenda desigualdade econômica que enfrentamos no território. Com tanta demanda, é notável a importância de promover a cibersegurança em todas as organizações, independente de seu porte ou segmento.

 

Em um mundo cada vez mais conectado, é essencial investir em práticas e mecanismos capazes de eliminar ou, ao menos, reduzir ao máximo os riscos e falhas provenientes de hackers e criminosos virtuais.

 

Graças a ela, as informações e dados do seu negócio estarão seguras contra invasões e outros problemas que possam prejudicá-lo. É necessário um conjunto de ferramentas que monitorem os sistemas e garantam sua proteção.

 

Afinal, o que mais temos visto nos últimos anos foi o aumento exponencial dos ataques virtuais em todo o mundo.

 

Tipos de ataques virtuais

Existe uma série de tipos de ataques virtuais que, com o tempo, se tornam cada vez mais complexos atingindo diferentes camadas de segurança das empresas. Dentre eles, quatro se destacam: os DDos, Malware e o Phishing.

 

Em 2019, o Brasil já era classificado como o terceiro país que mais sofria ataques cibernéticos. Em 2020, os números cresceram em um nível extremamente alto, com o advento da pandemia e a digitalização das empresas.

 

Dados divulgados pelo Fortinet Threat Intelligence Insider Latin America, empresa que analisa incidentes de segurança cibernética, identificou mais de 3,4 bilhões de tentativas de ataques na internet no país, entre janeiro e setembro de 2020.

 

Os crimes cibernéticos continuarão se desenvolvendo cada vez mais conforme os avanços tecnológicos, na tentativa de obter os dados sigilosos das organizações. Por isso, é essencial ter conhecimento, ao menos, de seus principais tipos a fim de se preparar para evitá-los ao máximo.

 

Confira uma breve explicação sobre cada um deles.

 

DDos

Nos ataques DDos (Distributed Denial-of-Service), os criminosos atuam com o objetivo de paralisar um sistema ou uma rede. Eles buscam gerar uma sobrecarga, por meio do envio numeroso de solicitações de conexão por spam.

 

Com essa estratégia, a capacidade do sistema utilizado pela organização será excedida, impedindo seu funcionamento correto. É muito comum também que os DDos sejam usados como uma distração, enquanto outro crime cibernético é cometido ao mesmo tempo.

 

Para que esse grande volume de mensagens seja enviado, os criminosos costumam criar uma espécie de “rede zumbi” de computadores infectados. Quando controlado por essas ferramentas, a escala do ataque consegue sobrecarregar os recursos da Web das vítimas.

 

Um dos casos mais famosos desse tipo de crime ocorreu no Reino Unido, em 2017. Na época, os criminosos conseguiram paralisar o site da loteria nacional junto com seu aplicativo, impedindo que a população jogasse.

 

Malware

Um ataque de malware ocorre quando o sistema ou, uma rede de computadores é infectado. Seja por um vírus ou qualquer outro tipo de aplicação que cause danos.

 

Quando danificado por um malware, o criminoso consegue roubar dados confidenciais, usar o computador para outros atos criminosos ou, no pior dos casos, causar danos irreparáveis.

 

Existem diversos tipos de malware cometidos pelos criminosos. Como exemplo, estão os Adwares, instalados nos sistemas com o objetivo de bombardear o usuário com anúncios publicitários.

 

Além dele, também temos os Worms, que propagam ataques do tipo de phishing - o qual ainda iremos nos aprofundar. Esse tipo de malware possui a capacidade de se propagar na rede com grande potencial para causar danos.

 

No geral, são associados com a interceptação de dados, comprometendo redes e abrindo espaço para que outros hackers tenham acesso aos computadores individuais ou redes inteiras de computadores.

 

Phishing

O Phishing é um dos crimes cibernéticos mais cometidos nos últimos anos. Somente no último trimestre de 2020, uma pesquisa feita pela Axur constatou um aumento de 100% nesse ataque.

 

Neste tipo, os hackers tentam obter os dados por meio do compartilhamento de informações falsas. Em uma analogia com seu termo, tenta “fisgar” suas vítimas através de informações que aparentam ser verdadeiras, comunicadas por outras instituições.

 

Os fraudadores de phishing se passam por organizações conhecidas, enviando mensagens por e-mail, SMS ou até mesmo, por telefone. Ao conseguirem induzir suas vítimas e conduzi-las ao erro, adquirem todos os dados que desejam.

 

Existem oito tipos de phishing, cada um com um método diferente para a obtenção dos dados. Por mais distintas que possam ser, é possível identificá-los por meio de padrões já reconhecidos nesses crimes.

 

Em sua grande maioria, as mensagens de tentativa de phishing contém um senso de urgência, ressaltando a importância da resolução rápida de algum problema para evitar consequências. Outros, ainda, informam o recebimento de um prêmio, solicitando dados pessoais para que a vítima possa recebê-lo.

 

Além de ser capaz de identificar possíveis mensagens falsas, é importante buscar se proteger de tais golpes. Afinal, por mais diferentes que possam ser, as empresas possuem mecanismos e ferramentas completamente eficazes capazes de proteger seus sistemas.

 

Como utilizar a cibersegurança para proteger sua empresa?

Diante de tantas possibilidades de crimes digitais, utilizar a cibersegurança para proteger sua empresa se torna indispensável, independente de porte ou segmento. Para aquelas que ainda estão iniciando tais investimentos, o uso da criptografia é uma das medidas mais importantes e eficazes.

 

Este código irá proteger os arquivos, programas ou dados da organização. Mesmo que algum fraudador consiga acessá-los, não poderão ser lidos ou compreendidos, invalidando a tentativa de roubo.

 

Para que essa e outras ferramentas funcionem, todos os sistemas da companhia devem permanecer atualizados constantemente. Caso contrário, serão alvos fáceis para até mesmo, o ataque mais simples.

 

A configuração do VPN também é uma das medidas básicas e indispensáveis na cibersegurança. Com ele, os profissionais podem trabalhar à distância sem que comprometam a segurança da rede.

 

Ainda, não deixe de realizar um backup de seus dados na nuvem de tempos em tempos. Assim, caso o pior venha a acontecer, ao menos poderá restaurar a versão anterior.

 

Todas as medidas adotadas devem vir claras na política de segurança da empresa, a fim de orientar os funcionários, estabelecer limites de acesso e outras normas. Quando expressas em um certificado de assinatura digital, a companhia conquistará a legitimidade das informações enviadas.

 

Conclusão

A cibersegurança já se tornou uma medida básica de proteção para todas as empresas. Sem ela, seu negócio estará suscetível a diversos ataques que podem prejudicá-lo severamente.

 

Portanto, invista em ferramentas e sistemas que garantam a proteção de seus dados, evitando ao máximo qualquer um dos crimes cibernéticos existentes.

 

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