Você sabe como agir caso seja alvo de uma fraude bancária?

 

Nos últimos anos, temos notado um grande aumento desse tipo de crime ao redor do mundo. Somente no Brasil, dados divulgados pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) mostraram um aumento de 80% nas tentativas de ataques de phishing (técnica usada para conseguir informações confidenciais), 70% em fraudes de falsos funcionários e 65% em golpes por motoboy, desde o início da pandemia.

 

O crescente aumento da digitalização por diversas empresas, o surgimento de fintechs e a preferência por meios digitais por parte dos clientes, foi o cenário perfeito para o aumento das fraudes bancárias. Principalmente, em empresas que não estavam preparadas para essa digitalização e ainda, não possuíam sistemas de proteção adequados.

 

Como consequência, a própria Febraban vem alertando sobre a importância de redobrar a atenção na utilização de serviços digitais nas operações bancárias. Se proteger contra esses crimes é uma necessidade, e é sobre isso que iremos tratar neste texto.

 

Para evitar qualquer prejuízo financeiro dessa natureza, é importante entender a fundo o que é uma fraude bancária, conhecer os principais tipos desse crime que vêm ocorrendo, as responsabilidades de cada parte e, principalmente, as melhores ações para se proteger.

 

Antes de começarmos, veja os tópicos que serão abordados:

 

  • O que é fraude bancária?
  • Quais os tipos de fraude bancária?
  • De quem é a responsabilidade em fraude bancária contra o consumidor?
  • Como se proteger de fraude bancária?

 

Vamos começar.

 

O que é fraude bancária?

A fraude bancária ocorre quando uma pessoa, por má fé, consegue roubar e obter dados pessoais de uma vítima.

 

De acordo com o diretor da Comissão Executiva de Prevenção a Fraudes da Febraban, Adriano Volpini, essas fraudes podem ocorrer de diversas formas. Dentre elas, as mais comuns são por telefone, e-mail, pelas mídias sociais e por SMS.

 

Para isso, normalmente os fraudadores tentam adquirir esses dados por meio de duas estratégias. A primeira, fazendo com que o consumidor informe seus dados pessoais como senhas e números de cartões. A segunda, induzindo o usuário a ter medo de alguma situação, informando que a única solução é a disponibilidade de seus dados.

 

Na prática, a fraude bancária é caracterizada pela atitude intencional de enganar alguém para, como resultado, obter algum tipo de vantagem financeira indevida.

 

Com técnicas e abordagens diferentes e, até mesmo criativas, tem se tornado cada vez mais difícil conseguir identificar quando alguém está sendo alvo de uma tentativa de fraude bancária.

 

Para tentar pôr um fim de vez no aumento desses crimes, a conscientização e preparo é fundamental, tanto por parte dos consumidores quanto das instituições. Nesse processo, a primeira etapa é conhecer melhor os principais tipos de fraudes bancárias que existem, assim como as características de cada uma.

 

Quais os tipos de fraudes bancárias?

Desde que as fraudes bancárias começaram a crescer, foram detectados quatro principais tipos desse crime cometidos:

 

  • Pela internet;
  • Pela fatura de cartão de crédito ou boleto falsificado;
  • Sobre empréstimos;
  • Contra alguém que tenha ação na Justiça.

 

Como são métodos muito diferentes, vamos ver no que consiste cada um deles.

 

Fraude bancária pela internet

A fraude bancária pela internet é o modelo mais comum desse tipo de crime. Na maioria das vezes, ocorre por meio de um e-mail enviado pelo fraudador com o objetivo de captar os dados pessoais da vítima.

 

Normalmente, esses dados são utilizados para obter financiamento, empréstimos, serviços e, principalmente, acessar a conta bancária da vítima.

 

Fraude bancária pela fatura de cartão de crédito ou boleto

Logo após a fraude bancária pela internet, o segundo modelo mais comum desse crime é quando ocorre por meio de cartões de créditos ou boletos.

 

Nesses casos, a vítima recebe em sua casa um boleto ou fatura de um cartão de crédito a pagar, muito semelhante a um verdadeiro. Contudo, os dados que estão inseridos no documento são, na verdade, para crédito de outro credor.

 

Como consequência, ao pagar a suposta conta, o dinheiro será transferido diretamente para o fraudador.

 

Fraude bancária sobre empréstimo

A fraude bancária sobre empréstimo é um pouco diferente das anteriores, uma vez que nesse modelo, a vítima não precisa ter necessariamente facilitado a ação do fraudador.

 

Esse caso acontece quando a vítima consta um débito em sua conta corrente relativo a um empréstimo, mas sem que esse tenha sido autorizado.

 

Normalmente, isso acontece devido a duas situações: falsificação da assinatura ou pela assinatura de contratos em branco, permitindo que o fraudador preencha essas vias para lançar empréstimos.

 

Fraude bancária contra uma pessoa que tenha ação na justiça

Por fim, a fraude bancária sobre uma ação na justiça ocorre por um dos meios mais tradicionais que temos.

 

O fraudador envia uma carta pelo correio à casa da vítima se passando por uma “intimação” à justiça, onde escreve que existe um valor disponível para ser retirado. Contudo, informa que só poderá sacar o valor após passar por certos procedimentos como, por exemplo, depositar a quantia das “custas judiciais”.

 

Nesse caso, as vítimas estão com algum processo na justiça e acabam acreditando que a carta se trata de seu caso. Consequentemente, caem no golpe e transferem o dinheiro ao fraudador.

 

Infelizmente, os crimes de fraude bancária são pensados de forma que pareçam os mais reais possíveis, de forma que convençam as vítimas a transferirem seus dados ou diretamente seu dinheiro.

 

Caso venham a de fato acontecer, existe um procedimento a ser tomado e responsabilidades a serem cumpridas.

 

De quem é a responsabilidade em fraudes bancárias contra o consumidor?

A primeira dúvida que toda vítima de uma fraude bancária se faz é questionar se o banco irá indenizá-lo pelo dinheiro perdido. Na grande maioria das vezes, as instituições são, de fato, responsáveis por indenizar o consumidor que sofre esses crimes, mas existem regras.

 

Isso porque em alguns casos, a fraude bancária pode ser considerada como tendo sido ocasionada por total culpa do consumidor, isentando o banco a restituir o que foi perdido.

 

Fora essas situações, existem três casos principais onde os bancos serão responsabilizados pelo crime cometido. São eles:

 

Conduta intencional

Abrange as fraudes bancárias por empréstimos, fazendo com que o banco responda pela conduta intencional dos seus prepostos.

 

Negligência

Muitas vezes, o banco pode ser acusado por negligência em fraudes bancárias contra seus clientes quando, por exemplo, deixa de conferir a assinatura ou a foto do documento de identificação.

 

Responsabilidade objetiva

A responsabilidade objetiva é um mecanismo de defesa que pode ser acionado legalmente pelas vítimas de fraudes bancárias, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor.

 

Nesse caso, o banco acaba sendo responsabilizado a arcar com as perdas em algumas situações determinadas por lei, mesmo que não tenha efetivamente culpa pelo ocorrido.

 

Como exemplo, podemos citar situações onde o consumidor é inscrito em um cadastro de devedor por dívida, sem que tenha sido feito por ele próprio.

 

Além de conhecer as responsabilidades do banco em cada situação, o consumidor também deve se preocupar em adotar medidas que o protejam contra possíveis fraudes bancárias.

 

Como se proteger de fraudes bancárias?

As melhores dicas para se proteger contra fraudes bancárias são: estar sempre de olho em sua conta, buscar pagar as faturas dos cartões em dia e, antes de mais nada, sempre desconfiar e se certificar da veracidade do site antes de cadastrar algum dado pessoal.

 

Em conjunto, outras ações que devem ser tomadas são:

 

  • Não informar seus dados em redes sociais;
  • Somente informe em sites conhecidos e confiáveis;
  • Se precisar usar seus documentos para algum procedimento, não os perca de vista;
  • Preste atenção ao realizar compras pela internet, principalmente em promoções e descontos.

 

Caso o crime venha a acontecer, não hesite em contar com a ajuda de um advogado especializado e experiente. Esse profissional o conduzirá para o melhor caminho a ser seguido e as medidas a serem tomadas.

 

Como a Moneta pode ajudar?

Além de tomar todas as medidas acima, a Moneta também pode te ajudar a proteger seus dados.

 

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Essas soluções aprendem o comportamento dos usuários e podem negar acesso diante de uma compra suspeita. Além disso, elas ainda analisam as sessões como um fluxo em tempo real, garantindo muito mais segurança.

 

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Conclusão

As fraudes bancárias têm crescido muito nos últimos anos, e afetado cada vez mais consumidores que, de alguma forma, deixam de lado detalhes importantes da segurança de seus dados.

 

Os prejuízos desse crime podem ser enormes. Portanto, é importante estar sempre atento à proteção e senha das suas informações, adotar as medidas de precaução que citamos acima e, principalmente, procurar imediatamente a instituição responsável por seus dados, caso o pior venha a acontecer.

 

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